Se alimentar é uma parte vital da nossa existência! É por meio dela que garantimos os nutrientes essenciais para termos um estilo de vida saudável, com energia e bem-estar. Mas, dependendo da forma que escolhemos, manuseamos e consumimos os alimentos, eles podem trazer um problema bem comum que causa bastante desconforto: a intoxicação alimentar!
Mesmo se você nunca experienciou ela em algum momento da sua vida, é bem provável que já conheça alguns dos desconfortos que essa condição traz ao longo dos dias em que fica no organismo, certo? Mas, mesmo sendo comum, é normal que existam dúvidas quanto ao que a causa e como evitá-la, considerando que podemos manifestá-la com todos os tipos de alimentos.
É por isso que o Compre Cimed preparou este guia completo sobre a intoxicação alimentar, suas maiores formas de manifestação, sintomas, tratamentos e formas de preveni-la. Então, continue a leitura para ficar por dentro de tudo e desfrutar de cada refeição com muito mais segurança e sabor!
O que é a intoxicação alimentar?
A intoxicação alimentar é um tipo de inflamação no organismo. Ela é causada pela ingestão de água ou alimentos contaminados por determinados micro-organismos (vírus, bactérias e fungos), ou toxinas vindas deles, substâncias tóxicas naturais ou sintéticas, por exemplo. Além disso, a falta de higiene durante o manuseio da comida também pode transmitir esses agentes à comida.
Apesar de trazer bastante dores e desconfortos ao corpo, esse problema não costuma ser grave, mas deve ser tratado assim que surge. O diagnóstico correto permite entender qual o organismo causador e, consequentemente, direcionar o tratamento mais adequado para aliviá-la com rapidez.
Micro-organismos que mais causam a intoxicação alimentar
Dentre os diversos agentes causadores da intoxicação alimentar, os mais comuns são:
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Salmonella sp: bactéria encontrada em alimentos de origem animal, sendo uma das mais identificadas nos episódios de surtos de infecção alimentar no Brasil, como o que aconteceu no Rio Grande do Sul, no fim dos anos 90 [1];
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Escherichia coli: bactéria encontrada carnes, leites e vegetais crus, ou mal cozidos/fervidos, além de ser comum em ambientes com baixas condições higiênico-sanitárias [2];
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Staphylococcus aureus: bactéria encontrada no leite, em queijos [3] e demais laticínios, ovo cru, frango, presunto e atum enlatado;
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Clostridium botulinum: bactéria que libera a toxina botulínica, causadora do botulismo, uma doença de alta gravidade que chega a causar distúrbios neurológicos [4]. Ela é encontrada em alimentos enlatados, vegetais fermentados e carnes embutidas.
Quais os sintomas da intoxicação alimentar?
Apesar de ser causada por uma variedade de organismos, a intoxicação alimentar sempre se manifesta com o mesmo grupo de sintomas, como:
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Náusea e vômito;
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Febre;
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Cólicas, dores abdominais e diarreia;
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Desidratação — uma das que mais requer cuidados;
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Queda de pressão, fraqueza e, em alguns casos, dores de cabeça, leves ou agudas.
Como saber se estou com intoxicação alimentar?
Assim como com qualquer infecção ou problema de saúde, a melhor forma de diagnosticar a intoxicação alimentar é consultando um médico — clínicos gerais são os mais procurados. Na consulta, é provável que o profissional peça um exame de fezes e/ou hemograma para identificá-la e encontrar o melhor tratamento.
O que fazer para curar a intoxicação alimentar?
O tratamento da intoxicação alimentar costuma ser simples, envolvendo a ingestão de líquidos (água filtrada, de preferência) e, principalmente, bastante repouso — já que o sono é fundamental para a recuperação do corpo. Em casos mais graves, é provável que o médico responsável pelo seu caso prescreva antibióticos ou medicamentos para o controle de vômitos e diarréias.
Quanto tempo dura a intoxicação alimentar?
Em média, a intoxicação alimentar costuma durar 10 dias. Quando passa disso, ou quando sintomas específicos persistem (como a desidratação), é preciso retornar ao médico e realizar alguns exames extras para entender o que pode estar agravando o quadro.
Como evitar a intoxicação alimentar?
A prevenção da intoxicação alimentar é feita por meio de um grupo de ações na sua rotina. Para te ajudar a evitar esse problema, trouxemos aqui 4 dicas práticas que você pode incluir hoje mesmo em seus hábitos diários, olha só:
1. Ingerir água limpa e/ou filtrada
A contaminação da água por bactérias e outros agentes causadores da intoxicação alimentar é muito mais comum do que imaginamos. Por isso, é importante ter cuidado com o líquido antes de ingeri-lo, certificando-se de que ele está 100% limpo, seja pelas condições adequadas de saneamento básico na sua região ou pelo uso de filtros — na própria torneira ou externo.
2. Seguir normas básicas de higiene
Higiene é algo que deve ser levado a sério não apenas por conta da intoxicação alimentar, mas também porque é ela que garante uma qualidade de vida realmente ideal. Lembre-se sempre de lavar as mãos antes de preparar refeições, após comê-las e após usar o banheiro. Ah, os utensílios de cozinha também entram em jogo, pois devem estar devidamente limpos antes do uso, ok?
3. Cuidar dos alimentos que consome
O manuseio inadequado dos alimentos ao armazená-los ou prepará-los é um dos maiores agravantes nos casos de intoxicação. Por isso, nunca se esqueça de:
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Limpar alimentos e embalagens antes de guardá-las na geladeira e no freezer;
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Cozinhar devidamente carnes e derivados de animais, evitando ingeri-los crus;
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Lavar vegetais (folhas e demais) antes de prepará-los — deixá-los de molho na água potável + água sanitária por 15 minutos é uma ótima opção, mas não se esqueça de enxaguá-los bem depois.
4. Saber a procedência do que se come
Sabemos que conhecer a procedência do que você coloca no prato nem sempre é uma tarefa fácil. Mas é essencial tirarmos um tempinho do nosso dia para pesquisarmos e entendermos o meio de produção das marcas e produtores de quem compramos.
Além disso, atente-se a algumas questões nas embalagens de alimentos específicos, como o leite, que deve ser sempre fervido ou pasteurizado, e os enlatados/fermentados — se seus frascos estiverem estufados, pode ser um sinal de contaminação pela toxina botulínica.
Com essas medidas e todo o conhecimento desse guia, esperamos que sua rotina alimentar fique muito mais tranquila e livre dos riscos da intoxicação alimentar. Aqui no blog do Compre Cimed, estamos sempre falando de assuntos que importam à saúde e ao bem-estar seu e da sua família.
Quer ficar por dentro de outros problemas comuns que podem ser facilmente solucionados? Então confira nosso conteúdo sobre como aliviar infecção urinária imediatamente e entenda como se livrar desse desconforto de uma vez por todas!
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
[1] GOTTARDI, Carina Philomena Tebisch; SOUZA, Cláudia Ache Saldanha de;SCHMIDT, Verônica. Surtos de toxinfecção alimentar no município de Porto Alegre/RS, no período de 1995 a 2002. Hig. aliment; 20(143): 50-55, ago. 2006, tab. Disponível em: <https://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/vti-607>. Acesso em: 24 nov. 2023.
[2] SILVA, Maria Lucilene Queiroz da; et al. Avaliação higiênico-sanitária dos restaurantes self-services e restaurantes populares da cidade de Juazeiro do Norte (CE) quanto a prevalência de Escherichia coli e Staphylococcus sp. Revista Interfaces: Saúde, Humanas e Tecnologia. 2(4); jun. 2014. Disponível em: <https://interfaces.unileao.edu.br/index.php/revista-interfaces/article/view/53>. Acesso em: 24 nov. 2023.
[3] SABIONI, José Geraldo; HIROOKA, Elisa Yoko; SOUZA, Maria de Lourdes R. de. Intoxicação alimentar por queijo Minas contaminado com Staphylococcus aureus. Rev. Saúde Pública 22(5); out. 1988. Disponível em: <https://www.scielo.br/j/rsp/a/mw4fMjmBnm7Jxb3g5xC5N5d/?lang=pt&format=html#>. Acesso em: 24 nov. 2023.
[4] CERESER, Natacha Deboni; et al. Botulismo de origem alimentar. Microbiologia. Cienc. Rural 38(1). Fev. 2008. Disponível em: <https://www.scielo.br/j/cr/a/NRW6vpQxtgNBWJnNXR7y9Dp/?lang=pt&format=html#>. Acesso em: 24 nov. 2023.
